domingo, 17 de agosto de 2008
dos meios de transporte
Quis transformar o que senti em poesia
E contemplava a janela do ônibus em busca de imagens do mundo
que pudessem traduzir o que eu pensava
Dos sentimentos aos pensamentos,
que pelas cenas da paisagem ali fora me ajudariam a colocar em palavras o que estava dentro de mim
E lembro que ele preferia o metrô
Todas as vezes que a decisão se apresentava
Quando ele precisava de tempo para pensar
Pensava no escuro, ela achava
Tão oposto a mim, que precisava do espaço e da luz
das curvas e dos buracos
daquelas viagens incertas
Preciso andar junto com ele, saber os caminhos por onde passo
Até que decido saltar
Preciso me afastar do mundo, ficar por debaixo dele
Até que eu possa voltar
E é nisso que eu penso toda vez que me vejo
esperando chegar a algum lugar
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